quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Primeira escolha moral - Capítulo IV


CAPÍTULO QUARTO
O Amor guia a todos eles como um Maestro, da mesma forma que Apolo preside as Musas [Apolo é tido pela mitologia greco-romana como uma das divindades mais importantes, assumindo uma série de papéis, entre eles o de líder do coro das Musas. É Homero, no seu Hino a Apolo, que o mostra, no Olimpo, tocando a lira para presidir o coro; ndt]; é do Amor que todos os outros afetos dependem, na medida em que devem servir à alma, proporcionando-lhe os cuidados de que precisa. Porém, com a injustiça, a ordem ajustada é perturbada, a união é desfeita, e a Monarquia se muda em tumulto, e a República em povo. O Amor, Reis dos afetos, comanda a partir do trono do Coração: todos os outros obedecem prontamente, servem e agem a partir de cada aceno seu. Ele rege todos os outros: se o amor está faltando, ele rege as promessas; se ele está em perigo, vem a dor; se ele estiver presente, vêm as alegrias. Ele decreta as leis e promulga que se deve seguir o bem: os outros se preparam para as obras, a fim de exercerem as funções de seu próprio encargo. A cobiça se prepara a fim de buscar o bem, difundindo e levando a vontade para longe e para o futuro. A esperança é enviada a se esforçar no sentido de sustentar, para benefício próprio, a demora da expedição. A alegria é aquela que, por seu próprio privilégio, dispõem de festivos espetáculos para aplaudir a chegada do bem, recebendo-o com festas alegres, solenemente, dando-lhe alojamento quando o recebemos.

NIEREMBERGH, Giovani Eusebio. Dell'Arte per ben reggere la volontà, insegnata da Padre Gio: Eusebio Nierembergh della Compagnia di Giesu, Libri Sei, Trasportati dalla Latina nella Lingua Italiana. All'Illustrissimo e Reverendissimo Signore Monsignore Daniello Delfino, Vescovo di Filadelfia, & Eletto Patriarca d'Aquileia (Gabriello Baba, Trad.). Venezia: Nicolò Pezzana, 1669, pp. 375-376.

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