CONTEÚDO DA OBRA INTEIRA
A presente obra, cujo núcleo bebe da filosofia do Pseudo Sêneca, tem como propósito expor o que seja a arte de governar a vontade e ensinar o modo para dirigi-la. Assim como, na dança, os membros do corpo devem se mover adequadamente e, na luta e na forja, as mãos devem ser governadas com perícia para não se ferirem e, no uso de instrumentos, se requer diligência, assim também é preciso método e arte para lidar com as potências da alma.
NO LIVRO I
o autor prova como a alma se satisfaz sem as coisas externas; como o prazer não tende a elas; como sua única satisfação é a felicidade e a paz dos prazeres; e como sob a sua diligência estão as obras da vontade. Em seguida, assinala quais são as regras para a vontade, para o afeto e para o amor diante do objeto da razão.
NO LIVRO II
acrescenta-se algo mais ao que foi dito para provar o argumento. Em seguida, algumas recomendações a impedimentos que visam e facilitam o governo dos instrumentos da alma. Apresenta, por fim, algumas regras para exercitar-se.
NO LIVRO III
Na medida em que a vontade depende dos objetos da cognição, aprende-se logo de que modo a alma instrui sua potência, o intelecto, e dobra mais facilmente a vontade. Adverte primeiro a julgar os pecados e os danos das falsas crenças e acrescenta os remédios: o uso adequado da potência intelectiva; alguns preceitos e recomendações; o modo de encontrar e se ocupar das boas crenças; o uso idôneo da memória; e ensina também como obter mais facilmente a verdade.
NO LIVRO IV
Então, numa notável continuação, prova como é conveniente e natural algum uso do afeto: ensina especialmente o uso do amor genuíno, e mostra como, sem partir dos dados da natureza, se poderá chegar à desordem.
NO LIVRO V
Prossegue apresentando outros usos dos afetos – felicidade, esperança, desejos, ira, temores, tristeza. Prova como todos esses afetos são úteis e como nos foram dados pela natureza para defender a felicidade da alma. Demonstra que quem não os sabe usar recai na desordem.
NO LIVRO IV
descreve-se e recorda-se, em particular, o que diz respeito ao legítimo e verdadeiro juízo, contra as falsas crenças que impedem o uso natural dos afetos. Na continuação, isoladamente, compara e examina o bem e o mal, a riqueza e a carência, o prazer e a dor, a honra e a ignomínia, a vida e a morte; e mostra de que maneira uma vida muito bem instruída pelo espírito invade o fazer legítimo e natural da vontade.
A obra é dividida em livros e capítulos também com anotações das teses referidas à margem, com o título inserido na frente.
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